quarta-feira, 21 de junho de 2017

Música o sapo não lava o pé





ATIVIDADE:

Sugestão de atividades com a música: O Sapo Não Lava o Pé

  • ·        Na rodinha a professora irá trabalhar com a música o sapo não lava o pé, incentivando as crianças a ter bons hábitos de higiene. Conversar sobre não lavar apenas o pé, mas o corpo inteiro, conversar sobre a importância do banho para nossa saúde. Ainda na rodinha cantar outras músicas que fale do sapo e outras relacionadas ao tema trabalhado.
  •          Propor as crianças a brincar de imitar o sapo, pulando como ele.
  •       Realizar uma arte para confecção de cartaz.
  •       Contar a história -  Festa no Céu.
  •          Dramatização da história.
  •          Dobradura do sapo pula pula.


OBJETIVOS:
·         Criar condições para a criança  adquirir bons hábitos de  higiene;
·         Discutir as formas de higiene das mãos, corporal, bucal, etc.;
·         Estimular a criatividade;
·         Adotar hábitos de autocuidado, respeitando as possibilidades e limites do próprio corpo;
·         Desenvolver a linguagem oral, a atenção e concentração;
·         Desenvolver coordenação motora grossa.

A festa no céu
(Conto tradicional do Brasil)

Luís Câmara Cascudo
Entre todas as aves, espalhou-se a notícia de uma festa no Céu. Todas as aves compareceriam e começaram a fazer inveja aos animais e outros bichos da terra incapazes de vôo.
Imaginem quem foi dizer que ia também à festa... O Sapo! Logo ele, pesadão e nem sabendo dar uma carreira, seria capaz de aparecer naquelas alturas. Pois o Sapo disse que tinha sido convidado e que ia sem dúvida nenhuma. Os bichos só faltaram morrer de rir. Os pássaros, então, nem se fala!
O Sapo tinha seu plano. Na véspera, procurou o Urubu e deu uma prosa boa, divertindo muito o dono da casa. Depois disse:
- Bem, camarada Urubu, quem é coxo parte cedo e eu vou indo, porque o caminho é comprido.
O Urubu respondeu:
- Você vai mesmo?
- Se vou? Até lá, sem falta!
Em vez de sair, o Sapo deu uma volta, entrou na camarinha do Urubu e, vendo a viola em cima da cama, meteu-se dentro, encolhendo-se todo.
O Urubu, mais tarde, pegou na viola, amarrou-a a tiracolo e bateu asas para o céu, rru-rru-rru...
Chegando ao céu, o Urubu arriou a viola num canto e foi procurar as outras aves. O Sapo botou um olho de fora e, vendo que estava sozinho, deu um pulo e ganhou a rua, todo satisfeito.
Nem queiram saber o espanto que as aves tiveram, vendo o Sapo pulando no céu! Perguntaram, perguntaram, mas o Sapo só fazia conversa mole. A festa começou e o Sapo tomou parte de grande. Pela madrugada, sabendo que só podia voltar do mesmo jeito da vinda, mestre Sapo foi-se esgueirando e correu para onde o Urubu se havia hospedado. Procurou a viola e acomodou-se, como da outra feita.
O sol saindo, acabou-se a festa e os CONVIDADOS foram voando, cada um no seu destino. O Urubu agarrou a viola e tocou-se para a Terra, rru-rru-rru...
Ia pelo meio do caminho, quando, numa curva, o Sapo mexeu-se e o Urubu, espiando para dentro do instrumento, viu o bicho lá no escuro, todo curvado, feito uma bola.
- Ah! camarada Sapo! É assim que você vai à festa no Céu? Deixe de ser confiado...!
E, naquelas lonjuras, emborcou a viola. O Sapo despencou-se para baixo que vinha zunindo. E dizia, na queda:
- Béu-Béu!
Se desta eu escapar,
Nunca mais bodas no céu!...
E vendo as serras lá em baixo:
- Arreda pedra, se não eu te rebento!
Bateu em cima das pedras como um genipapo, espapaçando-se todo. Ficou em pedaços. Nossa Senhora, com pena do Sapo, juntou todos os pedaços e o Sapo enviveceu de novo.
Por isso o Sapo tem o couro todo cheio de remendos.

Antologia da literatura mundial
Lendas, fábulas e apólogos - vol IV
Seleção de Nádia Santos e Yolanda Lhullier Santos
Livraria e Editora Logos Ltda. São Paulo, 19--                                                                                                         

















Um comentário:

  1. Adorei a idéia, da pra adaptar e fazer com minha turminha!����������

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